Paz, quem não a quer? Durante a época de fim de ano ela se torna discurso, sendo desejada por cada pessoa para outros, para a cidade e para o mundo.
E de fato temos que desejar e buscar a paz (Jeremias 29:7). É dever de todos contribuir para tornar melhor o ambiente onde estamos inseridos.
Mas infelizmente não é isso que temos visto; o filme se repete: promessas, campanhas, passeatas e essa tal paz parece ficar no mundo da imaginação.
Bem estar, calmaria, tranqüilidade e ausência de perturbação que eram para ser sinônimo de paz, passam a ser de guerra. Pois “de onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?” (Tiago 4.1).
Ou seja, a busca pela comodidade e pela satisfação própria se tornaram a raiz de toda guerra.
“Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR!” (Jeremias 17:5). Veja que essa passagem não esta dizendo que não devemos confiar em outro homem, o problema reside no fato de confiarmos em nós mesmo, esse é o perigo: confiança e amor próprio.
No momento em que o amor próprio se torna uma referência, a carne passa a ser o nosso braço e ficamos dispostos a satisfazer a vontade da mesma.
Com isso, percebe-se que o motivo de não termos paz é justamente por estarmos em paz conosco. A razão de tanta guerra é que tomamos a paz da carne como referência a ser seguida.
A autopaz nos faz pecar em paz!
Essa pseudopaz própria nos cega para a realidade ao redor. O homem perde a sensibilidade, não sente mais nada, o pecado vira rotina dando a impressão que tudo esta bem.
Para se ter paz deve-se primeiro buscar a paz de Deus que é completamente antagônica à paz do homem. No momento em que trocamos a autopaz pela paz do Alto, nosso riso se converte em pranto e nosso gozo em tristeza (Tiago 4:9b). O que antes dava paz, agora perturba, provoca agonia.
A paz do Alto não nos deixa pecar em paz!
Bendita guerra que o Espírito Santo provoca em nosso ser. Graças a ela somos livres dessa maldita paz de pecar em paz.. ELE nos faz sentir nossa miséria e horror ao pecado.
Esse é o caminho: ter paz com Deus, para então ter a verdadeira paz consigo e enfim com o próximo.
A verdadeira paz vem de cima, do Príncipe da Paz, Jesus.
Que essa paz continue nos deixando sem paz ao pecar, mas que não precisemos pecar para sentir esse incômodo.
E “a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus” (Filipenses 4:7).
Fonte: Hermes C. Fernandes
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