terça-feira, 18 de maio de 2010

Geração do Miojo Profético


Renato Russo dizia pertencer à geração Coca-Cola. O tempo passou e hoje a nossa geração se identifica com outro produto. O miojo.


Somos a geração do instantâneo.

Um toque no IPhone nos coloca em contato com o mundo inteiro. São tantas redes “sociais”. Não precisamos nos preocupar com endereços já que o GPS conhece todos os caminhos do planeta inteiro.

Este novo mundo instantâneo é tão atraente e eficiente que várias vezes chegamos a nos perguntar como era possível até bem pouco tempo viver sem essas facilidades.

Nos esquecemos que a Bíblia foi escrita em outra época. No ritmo das ferramentas dos agricultores, na cadencia dos pastores nos campos onde a vida corre sem pressa e onde a urgência é falta de sabedoria.

Na esfera da fé também mais do que nunca queremos resultados imediatos. Tudo está tão organizado, sistematizado e catalogado que para conseguir alguma coisa de Deus basta seguir 12 passos para isso, 8 semanas para aquilo e BUM!! Resultado alcançado. Daqui a algum tempo vamos pedir que o Senhor responda nossas orações de preferência em até 140 caracteres.

Nos esquecemos que o convite de Jesus aos apóstolos não foi para seguirem-no e viver três anos de aventura. Foi, sobretudo um gracioso desafio a seguirem-no por toda vida e para além dela.

Conhecer Jesus é muito mais que 7 semanas de campanha. É mais profundo do que algumas pregações e músicas nos sugerem. Às vezes parece que alguns estão adorando um deus miojo. Um deus para hoje, para já. E só.

A maior prova disso é a multidão de crentes com medo da morte lotando as igrejas. Perdemos o foco do eterno. Não desejamos mais cumprir a carreira e receber o maior prêmio de todos. Ver Jesus face a face. Desejamos ardentemente esse mundinho de pequenas facilidades e bênçãos instantâneas.

Como você tem tratado Jesus em seu coração?

Como um deus miojo?

Ou como um Deus tão infinito e maravilhoso que nem a eternidade inteira vai ser suficiente para descobrir toda largura e profundidade de Seu amor?


Fonte: Clayton Olee

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