terça-feira, 10 de agosto de 2010

Mãe de Katy Perry - "Baixo a cabeça e oro por ela"

Muitas pessoas não sabem quem é Katy Hudson, ex-cantora gospel e filha de pastores conservadores. Mas quase todo mundo conhece uma das cantoras mais faladas da atualidade, que atende pelo nome artístico de Katy Perry, o destaque na nova edição da revista Rolling Stone.




Sua infância foi marcada pela influência e maneira de ver o mundo de seus pais, considerados cristãos pentecostais fundamentalistas. Eles, apesar de terem sido hippies nos anos 1960, obviamente não gostaram de ver a filha anunciando ao mundo que beijou outra garota. Inclusive, já se posicionaram publicamente contra as músicas da filha. O jornal inglês Daily Mail publicou uma entrevista com seus pais em 2008, onde a mãe de Kay afirma que o primeiro sucesso da filha “…promove o homossexualismo. Sua mensagem é vergonhosa e nojenta. Toda vez que escuto minha filha cantando no rádio, baixo a cabeça e oro por ela. Katy é nossa filha e nós a amamos, mas discordamos da maneira como ela está se comportando


Mas engana-se quem pensa que ela virou as costas para tudo o que aprendeu desde cedo. Algumas declarações para a entrevista recente na Rolling Stone despertou nosso interesse. Por isso, fizemos um breve levantamento do que ela tem a dizer sobre sua espiritualidade. Afinal, o título do artigo na revista americana, como visto acima, é “Sexo, Deus e Katy Perry: o caminho difícil e os tempos quentes enfrentados por um anjo caído”.

"Falar em línguas é tão normal para mim como ‘Passe o sal’… É um segredo, uma linguagem para a oração direta com Deus… Meu pai costuma falar em línguas, enquanto minha mãe interpreta. Esse é o dom deles… Quando pequena, eu não podia dizer que eu tinha sorte, porque minha mãe preferia que disséssemos ‘somos abençoados’. Ela também não achava que lucky (sortuda, em inglês) tinha um som parecido com a palavra Lúcifer… Eu não podia comer o cereal Lucky Charms (amuletos da sorte), mas acho que era por causa do açúcar. Creio que minha mãe mentiu para mim sobre isso. “- Rolling Stone, agosto de 2010.


Fico chateada quando vejo Russell [Brand, ator e seu noivo], usando o nome do Senhor em vão e Lady Gaga colocar um rosário na boca. Acho que quando você mistura sexo e espiritualidade no mesmo recipiente e sacode bem, algo ruim acontece. Sim, eu disse que beijei uma garota. Mas não disse que beijei uma garota enquanto transava com um crucifixo. ” Rolling Stone, agosto de 2010

Minha criação religiosa foi comicamente rígida, proibiram até mesmo de termos em casa qualquer coisa cujo nome remetesse ao diabo. Em nossa casa, não podíamos nem mesmo chamar ovos apimentados pelo seu nome popular. Ao invés de deviled eggs (ovos do demônio), tínhamos de chamá-los de “ovos angelicais”. Nunca fomos autorizados a falar palavrão. Eu sempre tinha problemas quando dizia “que inferno”… Só podíamos escutar música gospel. Não admira que eu me rebelei."- Celebrity Blend, 2009

Eles são um tipo diferente de cristãos… São até moderno… sabe, às vezes as pessoas imaginam meus pais vestindo sempre como um pastor ou um padre… Não, na verdade, meu pai tem quatro tatuagens… ele é uma espécie de pastor rock and roll moderno. “- Beliefnet, janeiro de 2009

Quando comecei a cantar música gospel, minha perspectiva das coisas era bem limitada e rígida. Tudo em minha vida estava muito ligado à igreja. Não sabia que existia um outro mundo além daquele. Por isso, quando saí de casa e vi tudo isso, pensei ‘Meudeus, caí no buraco do coelho branco e existe todo esse mundo de Alice no país das maravilhas aqui’” — revista The Scotsman, 2009

Fui criada numa casa com muita rigidez religiosa. Tudo o que podia ouvir eram [hinos religiosos conhecidos, como] ‘Oh Happy Day,’ ‘His Eye Is on the Sparrow’ e ‘Amazing Grace’. Então agora até o New Kids on the Block são novidades para mim. Eles tem músicas legais… — MTV, 2008

Não podíamos ouvir música secular em casa, pois era considerada coisa do diabo… Se eu queria levar amigas para casa, minha mãe queria saber se elas eram cristãs… Meus pais são assim. Eles são loucos! Eles são malucos mesmo!” — revista Blender, 2004.





 Fonte: Rolling Stones/Escrevendo de Tudo

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